segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Panelas :

Os índios Waurá vivem na região do Alto Xingu, no Mato Grosso. As mulheres desse grupo são reconhecidas como especialistas em cerâmica. Há relatos do passado, que as mulheres Waurá eram raptadas por etnias vizinhas, principalmente devido a esse dom. Elas criam panelas, tigelas e cumbucas na forma de vários animais e espíritos. Pintam seu fundo com intrincados padrões de desenho, mesmo sabendo que na primeira vez em que forem ao fogo, esses desenhos desaparecem. A seguir vão algumas dessas cerâmicas, chamadas na língua Waurá de makulatáin:

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Waura panela tatu
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Waura panela onca
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Waura tigela
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Waura panela cascudo

Panelas :

Os índios Waurá vivem na região do Alto Xingu, no Mato Grosso. As mulheres desse grupo são reconhecidas como especialistas em cerâmica. Há relatos do passado, que as mulheres Waurá eram raptadas por etnias vizinhas, principalmente devido a esse dom. Elas criam panelas, tigelas e cumbucas na forma de vários animais e espíritos. Pintam seu fundo com intrincados padrões de desenho, mesmo sabendo que na primeira vez em que forem ao fogo, esses desenhos desaparecem. A seguir vão algumas dessas cerâmicas, chamadas na língua Waurá de makulatáin:

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Waura panela tatu
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Waura panela onca
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Waura tigela
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Waura panela cascudo

TRABALHO COLONIAL EA CULTURA DOS POVOS INDIGENAS E AFRO-BRASILEIROS





APRESENTAÇÃO


Nós pesquisamos sobre os povos indigenas.Cada um do grupo pesquisou sobre alguma coisa:Culinaria,arte,musica,dança e mitologia.A minha parte é a parte da culinaria indigena









Os primeiros indígenas que provaram a comida de branco não gostaram.

Dois deles, levados à nau capitânia e recebidos pelo próprio Pedro Álvares Cabral com muito prazer e festa, provaram o pão, peixe cozido, confeito, farteis (“massa de doce mais ou menos delicada, envolta numa capa de massa”, segundo a definição do Dicionário de Morais), mel, figos secos. Não comeram quase nada – é o depoimento da nossa primeira testemunha ocular da história, o Caminha. E, se provavam alguma coisa, logo cuspiam. Do vinho, mal provaram e não gostaram. Até a água serviu apenas para um bochecho.
Gostaram do arroz e do lacão cozido, frio (fiambre), assim como aprovaram as facas de bom gume e fina ponta que os portugueses usavam como objeto pessoal e inseparável.
A gente da terra usava como colher, as conchas de mariscos.

Não gostaram – de início, pelo menos – foi do açúcar e dos estranhos temperos que fizeram os portugueses navegar, procurando o caminho marítimo para as Índias: cravo e canela, principalmente.
Mas gostaram muito da aguardente de uva, assim como os brancos aprovaram a de milho, com a qual os homens da terra se embebedavam, no que eram acompanhados pelos portugueses.
A primeira agricultura européia no Brasil foi baseada no conhecimento prático dos índios, seguindo-lhe os métodos e apenas introduzindo novas plantas e os animais domésticos. Mas a gente da terra não servia para a cozinha do branco, que foi obrigado a valer-se da escrava africana, negra.Farinha de mandioca:
A farinha-de-pau, de manic ou manibot - hoje dita mandioca -, era feita ralando-se a raiz que cresce dentro da terra em três ou quatro meses, tornando-se tão grossa quanto a coxa de um homem e longa mais ou menos de 1 pé e meio.
Depois de arrancá-la, secavam-na ao fogo ou ralavam-na, ainda fresca, numa prancha de madeira cravejada de pedrinhas pontudas, reduzindo-a a uma farinha alva, empapada, que ia para um recipiente comprido, de palha trançada - tipiti -, para escorrer e secar. O que escorre é um veneno mortal, por culpa do ácido cianídrico, que o sol faz desaparecer em dois ou três dias, deixando a manipueira livre de perigo. O resultadp é o tucupi, ingrediente essencial de um dos mais típicos pratos da cozinha brasileira, o pato ao tucupi - embora aqui não houvesse patos,, na época da colonização.
Tipiti
Alimento pobre, saboroso e facilmente digerível - principalmente quando fresco -, essa ffarinha não serve para fazer pão, mas é perfeita para a farofa, beijus, pirões, sopas e mingaus.
A gente da terra fazia com ela um mingau grosso, ou comia-a pura mesmo, pegando-a com quatro dedos na vasilha e atirando-a de longe a boca, com tal engenho e arte que não perdia um só farelo.
E os brancos, tentando imitar - confessa Jean de Lery, francês, e que veio para o Brasil com o Monsenhor de Villa Ganhão (como rezam os documentos) -, sujavam o rosto, as ventas e bochechas e barbas.
As mulheres daqui faziam também grandes bolas com a massa de aypi ( a mandioca mansa, sem veneno), que espremiam entre as mãos. O caldo cor de leite era colhido em vasilhas de barro e exposto ao sol. O calor condensava e coagulava a beberragem, como coalhada. Cozinhando no fogo, é um bom alimento.
O aipim não serve para a farinha, mas assado na brasa torna-se brilhante como a castanha assada ao borralho, e o gosto é parecido. Servido com mel silvestre (o mesmo que se fazia com a batata-doce e o cará), resultava em um prato que portuguêses e franceses reconheceram como delicioso.
O estadunidense John Casper Branner queria exportar a farofa para o mundo.
Beiju ou Biju:
Bolo feito de massa de tapioca ou de mandioca muito fina, enrolada em forma cilíndrica. Característico da alimentação indígena, o beiju foi recriado pelo portugueses, que acrescentaram açúcar e condimentos diversos à massa, e pelos negros, que o enriqueceram molhando no leite de coco.

Pirão:
Prato de origem indígena, muito popular em todo o Brasil, constituído de papa grossa de farinha de mandioca misturada em água ou em caldo. É muito utilizado no acompanhamento de peixes.

Pipoca:
Do tupi pi'poka, estalando a pele.
O milho, que entre outras coisas permite a pipoca, de quem Debret, o pintor que veio fundar nossa primeira Escola de Belas Artes, disse que era a maior contribuição do brasileiro à cozinha mundial. (Sua receita, copiada dos selvagens: jogar o milho verde com sal no borralho e depois soprar as cinzas).

Tapioca:
Doce de origem indígena feito com a fécula da mandioca, espécie de beiju recheado com coco ralado.
Tanto o recheio quanto o adoçante foram introduzidos pelos portugueses.

Cauim:
Para beber, as mulheres cuidavam de mascar a mandioca, esmagando-a com os molares e enrolando-a com a língua no céu da boca. É como mascar tabaco, mastigando bem e com bastante saliva, cuspindo tudo num pote, até que esteja cheio.
E eram só as virgens que tinham a honra, porque as outras estragariam tudo.
A mesma coisa faziam com acaiá, pacoba, milho, ananás, bata-doce, jenipapo, caju e outras qualidades.
O resultado, dito cauim, é uma bebida nutritiva e inebriante, de gosto ácido e muito semelhante ao soro de leite, que os portugueses não podiam suportar pela lembrança do cuspe. Preferiam beber o vinho, esquecidos das uvas pisadas com os pés.
Entre outras coisas, a gente da terra nos ensinou a beber guaraná e mate, deixando-nos ainda toda a herança dos mingaus e pirôes.
Sem conhecer o trigo, sem grande variedade de verduras e legumes, mesmo assim a gente era bem alimentada, principalmente porque o milho (avati) e as frutas completavam muito bem a mesa farta de carnes e de frutos do mar. E mesmo de verdes comiam alguma coisa, como o broto da própria mandioca (com o que se faz a maniçoba, um dos bons pratos da cozinha baiana).

SITE:WWW.TERRABRASILEIRA.NET/FOLCLORE/ORIGENS/INDIGENA/COZINHA.HTM.